quinta-feira, 14 de junho de 2012

Entrevistas



    Como vimos, a Feira apresenta uma grande diversidade de música, comidas, danças e artesanatos, que enriquecem a cultura do povo. Sendo assim, fizemos algumas entrevistas para sabermos o que as pessoas acham da Feira.




Qual é o seu nome?
Lourdes
Qual a sua idade?
57 anos
Por que você escolheu visitar a Feira de São Cristovão e como você se sente neste ambiente?
Eu gosto daqui porque é o ambiente que relembra minha terra, eu sou do Ceará, e sou freqüentadora assídua. Este ambiente aqui relembra muito a minha cidade. Eu venho à feira desde quando era realizada em torno do Pavilhão de São Cristóvão.
Com que freqüência você vem a Feira?
Sempre venho aos sábados ou domingos.
O que mais você aprecia na Feira?
    A música e o povo dançando forró.
Há quanto tempo você freqüenta este centro cultural?
Freqüento há 29 anos, sendo que há 16 anos quando a feira era em torno do Pavilhão de São Cristóvão.
Você costuma vir aos eventos e shows realizados na Feira?
Não, só assisto quando acontece no momento em que estou visitando a Feira.
O que você acha do preço da entrada?
Acho que a entrada deveria ser gratuita.
O que você acha das instalações e da segurança deste centro cultural?
São boas.
Qual a comida que você mais gosta na Feira?
Eu gosto muito de galinha cabidela.
Você costuma vir acompanhada ou sozinha?
Venho com a minha família.
Pelas danças, comida, artesanato, músicas, você sente uma identificação com o Nordeste?
 Sim, tudo é muito semelhante.
Diante do seu conhecimento do espaço, você acha que deve ou pode ser feito algo para melhorar ou você acha que não precisa? Se você acha, quais as suas idéias?
O que eu vejo me agrada, acho que não precisa de mudanças.
O que você acha do ambiente da Feira?
 É muito agradável.
Você acha a Feira bem divulgada?
Não.
Para você, qual seria o melhor meio de divulgação da Feira?
Anúncios na televisão.
Qual é o prato típico do Nordeste que você mais gosta?
É o baião de dois, pois adoro toda comida típica do nordeste.





Qual é o seu nome?
Elizabeth
Qual a sua idade?
54 anos
Por que você escolheu visitar a Feira de São Cristovão e como você se sente nesse ambiente?
Eu sou nordestina, de São Luis no Maranhão, gosto muito da receptividade daqui e como sou bem tratada eu venho aqui, pois encontro minhas raízes.
Com que freqüência você vem a Feira?
Sempre que posso
O que mais você aprecia na Feira?
A dança, a comida e a música.
Há quanto tempo você freqüenta este centro cultural?
Aproximadamente uns 40 anos. Quando a Feira era em torno do Pavilhão não havia tanta segurança como tem dentro.
Você costuma vir aos eventos e shows realizados na Feira?
Sim, durante o dia. O show que eu mais gostei foi do Luis Gonzaga.
O que você acha do preço da entrada?
É um preço simbólico, vale à pena.
O que você acha das instalações e da segurança deste centro cultural?
A segurança melhorou muito e a facilidade de ter o estacionamento a disposição dos visitantes.
Qual é o prato típico que você mais gosta na Feira?
Baião de dois.
Você costuma vir acompanhada ou sozinha?
Acompanhada, com a família.
Pelas danças, comida, artesanato, músicas, você sente uma identificação com o Nordeste?
Sim, pelos produtos que são vendidos.
Diante do seu conhecimento do espaço, você acha que deve ou pode ser feito algo para melhorar ou você acha que não precisa? Se você acha, quais as suas idéias?
As instalações são muito boas, a feira dentro do Pavilhão oferece ao público mais conforto. Mas a Feira poderia ter mais apoio da prefeitura em relação à administração.
O que você acha do ambiente da Feira?
Muito receptivo e seguro, eu sinto segurança em vir com a minha família aqui.
Você acha a Feira bem divulgada?
Sim
Para você, qual seria o melhor meio de divulgação da Feira?
Através da televisão e do rádio


Artesanato e gastronomia


    Por conta de vários estados na região nordeste no Brasil, existe uma grande diversidade na produção artesanal, que vai se moldando de acordo com cada estado de origem e nesses estados em particular, acaba por ser uma das principais atrações turísticas, junto com a gastronomia e turismo. Cada estado tem suas caracteristicas em especial, e de acordo com cada recurso (tinta de casca de árvore, barro, cera de abelha, madeira, tecido, etc) que possuem fazem seus trabalhos para a produção de artesanatos normalmente feitos a mão.
    Na Feira de São Cristovão existem inúmeras barraquinhas que possuem vários tipos de artesanatos que vem a representar os vários estados do nordeste, atraindo a população de todas as regiões do rio e de todo o Brasil para consumir.
    Junto ao artesanato, a gastronomia é uma das maiores procuras no nordeste que também é bem diversificada por conta dos vários estados e de suas comidas típicas, essa variedade acaba ocorrendo em uma série de pratos como: acarajé, moqueca de peixe, vatapá, entre outros. 
    As sobremesas também levam um importante destaque nesse ponto, como: cocadas, taperebá, mangaba, graviola, etc. Dentro da feira de são cristovão tem vários destaques como: a feijoada alagoana, mocotó, buchadas, bobó de inhame, etc.

Música e literatura


    O ritmo musical nordestino, gênero que foi transformado em música popular urbana no início da década de 1940, através do trabalho de Luiz Gonzaga, considerado o “rei do baião” e Humberto Teixeira, conhecido como “doutor do baião” é um grande destaque na Feira de São Cristóvão. O grande divulgador e fixador do baião cantado como gênero de Música Popular Brasileira foi Luiz Gonzaga. Na feira a música que se destaca é o forró, que se origina nos diversos ritmos nordestinos, como coco, xaxado, martelo agalopado, samba de roda, baião, xote, axé e frevo, entre outros. 
    A apresentação do forró na feira é feita em dois palcos por vários grupos e bandas famosas como Calypso, Forró Pesado, Arriba saia, Calcinha Preta, entre outras, nos quais, além dos artistas locais, também se apresentam nas praças trios de forró e cantores.
    Também se destacam os repentistas, que utilizam a arte e o talento de improvisar versos para atrair ouvintes que freqüentam o local e contribuem voluntariamente em troca de algumas canções e versos, em sua maioria improvisada de acordo com as circunstâncias. Entre muitos podemos destacar Tarinho Rodrigues, Miguel Bezerra, Zé Duda, Zé do Gato, Zé da Onça entre outros.
    Como no Nordeste, a festa junina também é presente na feira, pois é enfeitada com bandeirinhas e há apresentações de quadrilhas.

 

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Apresentação do Blog







O tema desenvolvido neste blog privilegia as atividades culturais desenvolvidas em um local de destaque na cidade do Rio de Janeiro, que é o CENTRO LUIZ GONZAGA DE TRADIÇÕES NORDESTINAS, também conhecido, entre outras denominações, como Feira dos Nordestinos, Feira de São Cristóvão, "Feira dos Paraíbas". Ele fica no bairro de São Cristóvão, na cidade do Rio de Janeiro e se caracteriza por ser um lugar informal e receptivo.

É um espaço urbano com uma proposta cultural que visa à valorização da cultura nordestina, nas suas mais diversas formas, em que se destacam o artesanato, a música, a dança, a literatura e a culinária e trazem ao público uma experiência diferente. 

Através do blog, o internauta ficará mais perto da realidade do nordestino, conhecendo melhor esse universo. Com entrevistas, vídeos e fotos, os principais pontos da cultura do nordeste serão explorados de maneira detalhada e simples. 


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Feira de São Cristovão - Origem e história



    A Feira de São Cristovão tem como objetivo divulgar a cultura do Nordeste proporcionando aos seus visitantes um conhecimento muito próximo da identidade nordestina. Trata-se de um espaço urbano com uma proposta cultural sobre as características nordestinas, atraindo o público com sua forma descontraída com que são exibidos seus atrativos e suas diversidades relacionadas ao artesanato, à culinária, à musica, à dança e à literatura, que encantam e enriquecem muito.
    Também conhecida como Feira dos Nordestinos, Feira da Paraíba, entre outras denominações, o Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas se caracteriza por ser um lugar informal e receptivo, onde se tem contato com diversos tipos de pessoas das mais variadas classes sociais e com uma cultura rica em estilos e tradições regionais, proporcionando ao público uma ampla variedade de entretenimentos.
    O Bairro de São Cristóvão teve sua origem na grande sesmaria pertencente aos jesuítas, que se estendia do Rio Comprido até Inhaúma e que entre 1572 e 1583, foi dividida em três engenhos denominados  Fazenda do Engenho Velho, Fazenda do Engenho Novo e Fazenda de São Cristóvão. Seu nome se deve à igrejinha dedicada ao santo erguida pela Companhia, junto à praia habitada apenas por alguns pescadores. Este bairro de São Cristóvão começou a ter mais destaque com a chegada de nordestinos à cidade do Rio de Janeiro, atraídos pela construção da estrada Rio- Bahia (BR-116). Eles desembarcavam dos chamados caminhões paus-de-arara em busca de trabalho. Diante das ofertas de empregos, eles chamavam seus parentes e amigos para virem para o Rio em busca de melhores condições de vida. Ao chegarem cedo a São Cristóvão, linha terminal da cidade, ficavam esperando a chegada de seus conterrâneos com comida e viola para passar o tempo.
    Quando eles chegavam, vinham com as encomendas de compras dos que ficaram no nordeste e a partir daí foi surgindo um sistema de trocas de encomendas e venda de produtos, caracterizando uma feira informal que durante 58 anos permaneceu no campo de São Cristóvão. A fundação da feira é datada de 2 de setembro de 1945 e se caracterizou quando o cordelista Raimundo Santa Helena fez e declamou o primeiro poema em homenagem aos homens que vinham da guerra, poema "Fim de Guerra" em frente ao Colégio Jesuíta.
    A feira, a partir desta ocasião, foi se organizando e se expandindo, circundando o campo de São Cristóvão, passando a ocupar ao ar livre um espaço de destaque, atraindo muitos visitantes, com quem os feirantes eram extremamente receptivos.